Mal a manhã ia embora em 16 de setembro de 2013 e chegava em nossa unidade uma visita ilustre: Sr. Walter Garcia Duarte - ex-aluno de 1955 a 1958, com uma fotografia em suas mãos. Me contou que veio à Campinas prestar serviço na G.E. como Técnico Industrial em Eletro Mecânica.
No período das manhãs entre a década de 50, frequentava o Parque Infantil Celisa Cardoso do Amaral, às tardes, a atual EMEF Antonio Vilela Junior.
Diariamente pela manhã as crianças reuniam-se próximas ao atual pé de manga. Tudo era diferente, segundo o senhor Walter, mas reconheceu cada detalhe durante a nossa conversa-passeio. Estudou aqui também, a sua irmã.
Depois que todos chegavam, em filas separadas por idades, iam acompanhar suas professoras para diferentes atividades: piscina, parque, futebol, ouvir história e ballet.
Senhor Walter nos falou das lembranças que tinha do horário de piscina. Sempre ía às 9h00 da manhã, mas de tarde às 15h00 também havia atividades nela.
Fiz questão de lhe mostrar o acervo fotográfico e enquanto ele folheava o álbum, lembrava-se do banho à fantasia com roupas de crepon - evento social da época - e das demais festas. Mostrei também os disquinhos que ele ouvia na sala de história, onde hoje é a secretaria.
Nossa alegria maior ainda, foi quando encontramos nos álbuns, uma fotografia idêntica a que ele trouxe para nos mostrar.
Me explicou apontando para a direção do 8o. Batalhão da Polícia Militar atualmente, que antes era um aterro grande pelo qual atravessava para chegar até a sua casa.
O senhor Walter mudou-se para Belo Horizonte junto com sua família ainda pequeno e lá constituiu a sua própria família, hoje com esposa, quatro filhos e cinco netos.
Disse que foram as saudades e a oportunidade de retornar à Campinas, que o trouxeram no CEI CELISA CARDOSO DO AMARAL.
Obrigada Senhor Walter Garcia Duarte, por esses doces momentos de recordação, significando o meu trabalho no Projeto Memória da Prefeitura Municipal de Campinas.
Como remexendo em caixas e nos mostrando o que foi encontrado, Sr. Walter passava em suas expressões as doces recordações que guardava deste lugar. Em seus relatos pudemos imaginar como era o lugar descampado, sentir o frio das aulas na piscina e conhecer os nomes de seus amigos e até da menina paquerada! Lembranças profundas, guardadas em caixas, como se fossem flores perfumadas...
ResponderExcluir